Belém assina com empresa que vai fazer a coleta do lixo

Richard Kill
Richard Kill
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Sede da conferência do clima da ONU, a COP30 em 2025, Belém vem enfrentando problemas com diversas ruas tomadas por lixo. O problema na capital paraense se arrasta desde junho do ano passado e envolve deficiência no sistema de coleta, esgotamento da capacidade do aterro sanitário e uma dívida de R$ 15 milhões da prefeitura com empresa que faz o tratamento dos resíduos.

Em alguns pontos da cidade, pilhas de lixo chegam a bloquear as calçadas e se estendem por boa parte das pistas de automóveis, obrigando pedestres a caminhar em meio aos carros e ônibus. Agora parece que o problema da coleta do lixo está caminhando para uma solução.

A Prefeitura de Belém e a empresa Ciclus Amazônia assinaram contrato para a prestação de serviço do sistema de coleta e tratamento de resíduos sólidos da capital. A cerimônia foi realizada na tarde desta ultima quarta-feira, 7, no Palácio Antônio Lemos.

O documento foi assinado pelo prefeito Edmilson Rodrigues e por Luiz Gomes, presidente da Ciclus Amazônia, na presença de diversas autoridades, como vereadores e ex-governadores. Com a assinatura, a empresa tem até 90 dias para implantar um novo sistema na cidade, com: ampliação dos serviços de coleta, estação de transferência de resíduos, geração de empregos, novo centro de tratamento de resíduos, e ainda o encerramento e recuperação do aterro sanitário do Aurá.

Contratação de 2 mil trabalhadores
“Agora temos um empresa nova para executar essa política, a Ciclus Amazônia”, festejou o prefeito Edmilson Rodrigues. “A previsão é de que, em 90 dias, toda a logística seja feita, com a compra de 50 ou mais caminhões coletores modernos, milhares de contâineres, lixeiras para os logradouros públicos, 2 mil trabalhadores já estão em processo de contratação, além de ecopontos”, explicou o prefeito Edmilson Rodrigues.

Licitação
A Ciclus Amazônia foi a vencedora da licitação para constituir uma Parceria Público-Privada (PPP) e vai administrar por 30 anos o sistema de coleta urbana de Belém. Serão investidos mais de R$ 700 milhões durante o período. “Estamos fazendo uma aposta no futuro. Foi um processo analisado pela OAB, Ministério Público e Tribunal de Contas. A empresa foi eleita pela lei”, lembrou Ivanise Gasparim, titular da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan).

Será feita a ampliação da varrição das ruas, a coleta de resíduos, além da criação de ecopontos em áreas estratégicas para recolher materiais recicláveis. O contrato também estabelece o encerramento definitivo e a recuperação ambiental do aterro sanitário do Aurá e a construção de um novo centro de tratamento de resíduos, que terá capacidade para receber mais de 2,5 toneladas de lixo por dia.

No tratamento de resíduos, a empresa vai inserir 12 novas cooperativas de catadores, além de gerar mais de 3 mil postos de empregos na contratação de funcionários. “Já iniciamos o processo de contratação das pessoas. A logística já está sendo feita também. Trazemos uma experiência de gestão de lixo. Queremos em um ano investir 20% de tudo que está programado para esse tempo de contrato”, comentou Luiz Gomes, presidente da Ciclus Amazônia.

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